sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Disneyland Paris... O Menos Bom!

               

Ora vamos lá dar inicio a uma série de posts sobre as nossas aventuras e desventuras durante a viagem em família à Disneyland Paris. E vamos começar pelo que correu menos bem… Sim! Nem tudo foram rosas durante a nossa viagem. A começar pelo nosso voo de regresso a Lisboa. A coisa começou a correr mal logo durante o check in no balcão da TAP do Aeroporto de Orly… Check In feito e malas despachadas e somos informados que por motivos que ainda hoje desconheço, não seriam servidas refeições durante o voo. Uma pessoa paga um serviço e depois dá nisto… não é apresentada uma razão nem um pedido de desculpas. Só um “Ah é verdade… Não vamos servir refeições a bordo. Ok!?” Houve muitos passageiros a reclamar, mas de nada nos valeu… voo de regresso sem paparoca e prontos. A TAP decidiu, está decidido!...

Se a coisa não correu bem no Check In, então o que dizer do embarque… Há hora marcada lá estavam todos os passageiros em fila indiana preparados para embarcar, mas os minutos fora passando e embarcar que é bom, nicles! Passaram 5 minutos…10… 15… 20… e no placard das partidas o voo permanecia “on time”. No final, 40 minutos de atraso e satisfações que é bom, nem vê-las!

Depois destes contratempos, lá descolámos em direcção a Lisboa. Tive a felicidade de ficar à janela e por isso, durante a descolagem, fui presenteada com uma vista magnifica da Torre Eiffel e de Paris iluminada! E agora que olho em retroespectiva, acho que esta vista foi a única coisa boa deste voo… Cerca de 20 minutos depois da partida a Mini Viciada adormeceu nos meus braços, e eu, vencida pelo cansaço, adormeci logo de seguida. Acordei cerca de 10 minutos antes da aterragem com a voz do Comandante a informar que estávamos a iniciar a descida para Lisboa. A Mini Viciada também acordou, mas adormeceu logo de seguida… mas um sono leve. Muito leve… Não sei oque se passou durante esta aterragem em Lisboa, mas nunca senti tantas dores nos ouvidos como desta vez. E não fui a única… Foi com alguma preocupação que comecei a ver a Mini Viciada a contorcer-se no meu colo e a mexer muito nos ouvidos. Também ela estava sentir o mesmo que eu… numa fração de segundos pedi a todos os santinhos para que as dores não fossem fortes ao ponto de a despertar… mas nenhum santinho atendeu o meu pedido. Ela acordou assustada com as dores e num choro aflitivo… ela chorou como eu nunca a tinha visto chorar. Já meio aflita por ver que ela não estava bem, tentei tudo… tentei colocar em práticas todas as dicas que tinha lido em livros e em outros blogs de mamãs viajantes… eu dei a xuxa... tentei dar água… tentei dar leite… tentei dar-lhe bolachas… mas nada! Aflita com todas as dores que estava a sentir ela recusava tudo. A xuxa, a água, o leite as bolachas… tudo! E cada vez chorava mais… e no meio de tudo veio a hospedeira n.º 1 com aquela ar todo simpático e prestativo “ai faça assim, faça assado”… eu com um sorriso meio amarelo a tentar não ser dominada pelos nervos e pelo pânico agradeci a ajuda e voltei a tentar tudo de novo. E de novo ela recusou tudo… e lá veio a hospedeira n.º 2 com aquela ar todo simpático e prestativo “ai faça assim, faça assado”… eu já sem o sorriso amarelo e meio dominada pelos nervos e pelo pânico agradeci a ajuda e voltei a tentar tudo de novo. E de novo ela recusou tudo… e chorou, chorou, chorou, chorou! Fui-me apercebendo dos olhares solidários de outros passageiros ao meu redor, e de olhares recriminatórios de outros tantos onde se lia perfeitamente o “cale-me essa criança que já não a posso ouvir”! E aqui, senti-me ser dominada pelo pânico e pelo desespero… De todas as dicas que levei comigo, nada funcionou! Nada! Estava completamente desesperada e sem saber mais o que fazer para acalmar a minha filha… e lá veio a hospedeira n.º 3 com aquela ar todo simpático e prestativo “ai faça assim, faça assado” e perdi completamente a cabeça… não me lembro se gritei com ela, mas a cara metade diz que sim… eu só me lembro de que mal olhei para ela e disse-lhe de forma clara e directa “Eu já tentei tudo OK! EU JÁ TENTEI TU-DO!”

Sentindo-me a perder o controlo da situação, a cara metade segurou nela ao colo, e juntos, ele com ela ao colo e eu com a cabeça encostada à dela a fazer-lhe festinhas no rosto lá a conseguimos acalmar à medida que o avião ia descendo. Quando finalmente aterrámos, ela já estava novamente adormecida ao meu colo… Não sei quanto tempo ela chorou, mas a mim pareceu-me uma eternidade. Assim que senti as rodas do avião tocarem a pista, senti uma enorme onda de alívio a percorrer o meu corpo e dei-me totalmente por vencida. Lavada em lágrimas fui a última a desembarcar sem conseguir olhar de frente para ninguém… a única coisa que queria era chegar a casa, enfiar-me na minha cama e desaparecer… naquele momento, jurei a mim mesma que nunca mais voltaria a andar de avião com ela tão pequena… mas isso, foi naquele momento.

Hoje, passados 15 dias do nosso regresso e já com os ânimos serenados, o bichinho das viagens já está a dar sinais de vida. De tudo o que passei, retiro a lição de que nem sempre o que funciona com os outros funciona comigo. Não há regras universais infalíveis. No momento, como mãe, faço o melhor que posso e aquilo que está ao meu alcance… infelizmente, nem sempre as coisas corre como desejaríamos. E esta é a única máxima que devemos ter sempre presente no nosso espírito… Nem sempre tudo corre como desejaríamos. Nem sempre…

1 comentário:

Framboesa (uma diva de galochas) disse...

Aconteceu-te exactamente umas das coisas que mais temo em viagens de avião com bebes porque ja assisti a essa afliação muitas vezes...ate ja tinha falado neste meu medo...mas pronto, aconteceu, nao quer dizer q volte a acontecer...e ela vai crescendo, pode ser que se va adaptando :)